As fotos mais icônicas de todos os tempos

Neste post você verá uma seleção cuidadosa das imagens mais memoráveis da história da fotografia. Para fazer ele visitei vários sites com listas de melhores fotografias e vi todas as fotos vencedoras do Prêmio Pulitzer de fotografia (nas categorias Breaking News Photography e Feature Photography).

Na construção da lista acabei mergulhando na história da fotografia – ficando triste, com raiva, chocado e alegre -, desde a sua criação até os dias atuais, espero que você também mergulhe. As imagens incluídas abrangem uma ampla gama de temas, desde eventos históricos cruciais até momentos emocionais e pessoais que capturam a essência da condição humana.

As imagens estão organizadas em ordem cronológica e contam com uma breve descrição de cada imagem, nome do fotógrafo e ano em que a foto foi tirada. Confira abaixo as fotografias mais iconográficas e mais importantes da história!

AVISO: Algumas imagens contém violência gráfica, podendo ser extremamente chocantes e perturbadoras.

“Vista da janela em Le Gras” por Joseph Nicéphore Niépce (1826)

É uma imagem heliográfica considerada a primeira fotografia permanente do mundo.

“Auto-retrato como um homem afogado” por Hippolyte Bayard (1840)

A primeira fotografia encenada, na qual finge ter cometido suicídio, sentado e inclinado para a direita.

“Vale da sombra da morte” por Roger Fenton (1855)

Registro de um local, nomeado como Vale da Morte pelos soldados por estar em constante bombardeio, com balas de canhão no solo de terra. Foto feita durante a Guerra de Crimeia.

“As costas açoitadas” por McAllister & Brothers (1863)

Documenta a extensa as cicatrizes nas costas de Gordon, um ex-escravizado, devido às chicotadas recebidas na escravidão.

“O cavalo em movimento” por Eadweard Muybridge (1878)

Série sequencial de seis a doze “eletrofotografias automáticas”, representando o movimento de um cavalo. Esta série de fotografias e os experimentos posteriores podem ser considerados passos importantes no desenvolvimento dos filmes e no surgimento do cinema.

“A lagoa – luar” por Edward Steichen (1904)

A foto é pictorialista e apresenta uma floresta em um lago, com parte da Lua aparecendo no horizonte em uma lacuna nas árvores.

“Menina da fábrica de algodão” por Lewis Hine (1908)

Retrata uma garota ao lado de um imenso tear na fábrica de algodão que trabalhava, no estado da Carolina, nos Estados Unidos.

“Mulher cega” por Paul Strand (1916)

A foto retrata uma imigrante mulher cega de uma maneira diferente dos retratos posados mais formais da época, abrindo abrindo caminho para um novo estilo – a fotografia de rua.

“O violino de Ingres” por Man Ray (1924)

Retrata a modelo Kiki de Montparnasse de costas, nua até abaixo da cintura, com dois orifícios pintados para fazer seu corpo parecer um violino.

“Almoço no topo de um arranha-céu” por Charles C. Ebbets* (1932)

A fotografia mostra onze homens trabalhadores almoçando, sentados em uma viga com os pés balançando 840 pés (260 m) acima das ruas da cidade de Nova York.

*outros fotógrafos também estiveram presentes na sessão fotográfica

“O soldado caindo” por Robert Capa (1936)

A foto retrata a morte de um soldado durante a Guerra Civil Espanhola. O soldado cai após ser atingido. Não se sabe se a foto foi ou não encenada, no entanto é uma mais famosas fotos de guerra na história.

“Sábado sangrento” por HS Wong (1937)

Retrata um bebê chinês chorando dentro das ruínas bombardeadas da estação ferroviária de Xangai Sul, minutos depois que um ataque aéreo japonês atingiu civis durante a Batalha de Xangai na Segunda Guerra Sino-Japonesa.

“Zeppelin em chamas” por Sam Shere (1937)

Retrata o desastre com o dirigível Zeppelin, eles fica em chamas após colisão com o mastro de atracação de Lakehurst. 36 pessoas morreram no acidente, que encerrou a era dos dirigíveis de transporte de passageiros.

“Mãe migrante” por Dorothea Lange (1936)

Retrata uma mãe olhando para longe com dois de seus filhos ao lado apoiados em seus ombros e um bebê no colo.

“Nas garras da morte” por Robert F. Sargent (1944)

Retrata soldados da 1ª Divisão de Infantaria do Exército dos EUA desembarcando de um LCVP (embarcação de desembarque, veículo, pessoal) tripulado pela Guarda Costeira dos EUA em Omaha Beach para percorrer os últimos metros perigosos até a praia da Normandia na Segunda Guerra Mundial.

“Dia na Times Square” por Alfred Eisenstaedt (1945)

Exibe um marinheiro estadunidense beijando (à força) uma assistente de dentista na avenida Times Square após a vitória dos Estados Unidos sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial.

“Levantando a bandeira em Iwo Jima” por Joe Rosenthal (1945)

Mostra cinco fuzileiros navais americanos e um paramédico da Marinha dos Estados Unidos fincando a bandeira dos Estados Unidos no topo do Monte Suribachi no Japão, indicando a sua conquista durante a batalha de Iwo Jima na Segunda Guerra Mundial.

“Dalí atomico” por Philippe Halsman (1948)

O retrato tenta capturar a essência do extravagante Salvador Dali, a esposa e filha do fotografo jogaram os gatos e a água no momento da captura.

“A língua de Einstein” por Arthur Sasse (1951)

Retrata o físico Albert Einstein de forma irreverente, com o cabelo bagunçado e colocando a língua para fora, sentado no banco traseiro de um carro.

“O vestido branco de Marilyn Monroe” por Matty Zimmerman (1954)

Retrata Marilyn Monroe, como personagem para as filmagens de “O Pecado Mora ao Lado”, posando sobre uma grade do metrô de Nova York enquanto seu vestido sobe.

“Funeral de Emmet Till” por David Jackson (1955)

A foto retrata Mamie Till Bradley e seu noivo Gene Mobley olhando para o corpo desfigurado e parcialmente decomposto do jovem Emmett Louis Till, que foi assassinado aos 14 anos de idade na pequena cidade de Money, Mississipi, depois de ter sido acusado de ofender uma mulher branca. Seus assassinos foram absolvidos. O caixão ficou aberto pois sua mãe o fez para protestar contra a impunidade e ao racismo, para que as pessoas vissem a brutalidade que foi cometida.

“Segregação de Elizabeth Ann Eckford” por Will Counts (1957)

A foto retrata Elizabeth Ann Eckford, uma das primeiras estudantes negras, indo frequentar as aulas no antigo colégio para brancos Little Rock Central High School em Little Rock, Arkansas, enquanto uma multidão enfurecida de brancos segregacionistas se opõe e Hazel Massery grita.

“Guerrilheiro heroico” por Alberto Korda (1960)

Retrata Che Guevara durante um memorial dedicado às vítimas da explosão de La Coubre.

“O monge queimando” por Malcolm Browne (1963)

Retrata a morte por fogo do monge vietnamita Thích Quảng Đức em um cruzamento de estrada movimentada em Saigon, o monge se autoflagelou em protesto contra a perseguição aos budistas pelo governo sul-vietnamita.

“Muhammad Ali nocauteia Sonny Liston” por John Rooney (1965)

Retrata o boxeador Muhammad Ali após nocaute no primeiro round sobre Sonny Liston durante a luta pelo título mundial dos pesos pesados na St. Dominic’s Arena em Lewiston.

“Ali vs. Williams” por Neil Leifer (1966)

Foto vista de cima da Astrodome em Houston, mostra Cleveland Williams nocauteado ao chão por Muhammad Ali, no terceiro round da luta.

“Execução de Nguyễn Văn Lém” por Eddie Adams (1968)

A foto retrata o momentos antes do assassinato de Nguyễn Văn Lém, um oficial do Viet Cong com patente de capitão. Ele foi sumariamente executado em Saigon pelo General da República do Vietnã Nguyễn Ngọc Loan durante a Ofensiva do Tet na Guerra do Vietnã.

“Nascer da Terra” por William Anders (1968)

Durante a missão Apollo 8 à Lua, a Terra é registrada surgindo parcialmente na sombra, vendo-se em primeiro plano a superfície lunar, ao jeito de um nascer do sol.

“Saudação Black Power nas Olimpíadas de 1968” por John Dominis (1968)

Retrata Tommie Smith e John Carlos, dois atletas afro-americanos medalhista, mostrando o punho erguido no pódio após a corrida de 200 m nos Jogos Olímpicos de Verão de 1968 ; ambos usam distintivos do Projeto Olímpico de Direitos Humanos. Peter Norman da Austrália também usa um distintivo da OPHR em solidariedade a Smith e Carlos.

“Corpo de Jeffrey Miller” por John Filo (1970)

A foto mostra Mary Ann Vecchio gritando enquanto se ajoelha sobre o corpo de Jeffrey Miller durante uma manifestação anti-guerra do Camboja, feita na Kent State Universit. A Guarda Nacional de Ohio disparou contra a multidão de manifestantes, matando quatro estudantes e ferindo outros nove.

“O terror da guerra” por Nick Ut (1972)

Registra a jovem Phan Thị Kim Phúc (então com 9 anos de idade) fugindo, nua, de um ataque de napalm em sua aldeia, Trảng Bàng.

“Colapso da escada de incêndio” por Stanley Forman (1975)

A foto retrata a queda de uma mulher, Diana Bryant, e uma criança, Tiare Jones, em queda livre após uma escada de incêndio ter se rompido. Ambos tentavam escapar de um incêndio que ocorria na Marlborough Street. Bryant acabou falecendo mas Tiare sobreviveu.

“Garota afegã” por Steve McCurry (1984)

Enquanto documentava a migração de refugiados afegãos, foi retratada a jovem Sharbat Gula, de 17 anos. A foto foi tirada no campo de refugiados de Nasir Bagh. Tornou-se o símbolo da luta afegã.

“A agonia de Omayra Sánchez” por Frank Fournier (1985)

A garota de 13 anos, Omayra Sánchez, ficou presa sobre os escombros de sua casa e detritos vulcânicos após uma erupção, permanecendo na água por 3 dias, até seu falecimento.

“Homem do tanque” por Jeff Widener (1989)

Um dia depois do massacre da Praça da Paz Celestial, quando tropas chinesas atacaram manifestantes pró-democracia acampados na praça, um homem carregando sacolas de compras parou na frente dos tanques de guerra, agitando os braços e recusando-se a se mexer.

“Criança faminta e abutre” por Kevin Carter (1993)

Retrata uma criança desnutrida e abatida, na vila de Ayod, localizada no Sudão. Enquanto isso um abutre pousado a poucos metros observa a criança.

“Refugiada bebendo leite” por Jean-Marc Bouju (1994)

Uma mulher faminta bebe leite em uma clínica de saúde improvisada em Ruhango, Ruanda. Milhares de civis capturados nos combates entre as tropas do governo e os rebeldes da Frente Patriótica de Ruanda se refugiaram em Ruhango, mas não têm acesso a cuidados médicos suficientes. Os médicos disseram que 20 a 25 pessoas morriam todos os dias de doenças e fome.

“Primeira foto de celular” por Philippe Kahn (1997)

A imagem foi a primeira feita por um celular, nela Philippe Kahn retrata o momentos depois do nascimento de sua filha.

“Daniel Rohrbough” por Rodolfo Gonzalez (1999)

Retrata Daniel Rohrbough morto em uma calçada, há uma lata de refrigerante que ele deixou cair após ser baleado no Massacre de Columbine. À esquerda na foto, alunos agachados atrás de um carro com um policial que aponta sua arma para a escola.

“Homem caindo” por Richard Drew (2001)

Registra um homem caindo de uma das torres gêmeas, destruídas por aviões nos ataques de 11 de setembro de 2001.

“Crianças no lixo” por Don Bartletti (2003)

Retrata crianças e abutres competindo por restos no aterro sanitário de Tegucigalpa, em Honduras. Os meninos vasculham tudo o que podem comer ou vender. Os trens de carga para o norte através do México estão lotados de hondurenhos fugindo da pobreza e em busca de trabalho ou de um parente nos Estados Unidos.

“Esther Doryen” por Daniel Berehulak (2014)

Retrata Esther Doryen, de 5 anos, sendo levada para uma ambulância em Monróvia. Infectada por ebola, ela morreu uma semana depois.

“O homem encapuzado” por Sgt. Ivan Frederick (2004)

Abdou Hussain Saad Faleh, um detento da prisão de Abu Ghraib, no Iraque, sendo submetido a tortura por guardas estadunidenses. Na foto ele esta preso com uma sacola na cabeça, em pé, com fios ligados em si e sobre uma caixa.

“Cidadã contra as autoridades” por Oded Bality (2006)

Uma judia solitária desafia oficiais de segurança israelenses durante os confrontos que eclodiram quando as autoridades limparam o assentamento de Amona, na Cisjordânia, a leste da cidade palestina de Ramallah.

“Tarana Akbari em ataque terrorista” por Massoud Hossaini (2011)

Retrata Tarana Akbari, de 12 anos, gritando de medo momentos depois que um homem-bomba detonou uma bomba no meio da multidão no Santuário Abul Fazel em Cabul. Ao todo, mais de 70 pessoas perderam a vida.

“Imigrantes em um barco” por Yannis Behrakis (2015)

Um barco inflável superlotado com refugiados sírios à deriva no mar Egeu entre a Turquia e a Grécia depois que seu motor quebrou na ilha grega de Kos. Em 2015, mais de um milhão de pessoas buscaram asilo na Europa depois de deixar seus países devastados pela guerra e confusos. Eles cruzaram em barcos aleatórios e botes infláveis com centenas perecendo no mar.

“Alan Kurdi” por Nilüfer Demir (2015)

Alan Kurdi morto, com o resto apoiado na areia onde as ondas chegam, em uma praia. Ele faleceu após ter sido colocado por seus pais um barco inflável que foi tombado por uma onda, sua a mãe e seu irmão também morreram afogados, perto da cidade costeira de Bodrum. A intenção era fugir da guerra da Síria.

“Refugiados de Rohingya” por Equipe de Fotografia da Reuters (2017)

Retrata uma refugiada rohingya, chamada Hamida, que chora enquanto segura seu filho de 40 dias depois que ele morreu quando o barco virou antes de chegar à costa em Shah Porir Dwip, Teknaf, Bangladesh.

“Atropelando inocentes” por Ryan Kelly (2017)

Manifestantes são atropeladas por James Alex Fields Jr. durante ato que protestava contra uma marcha de supremacistas brancos do movimento Unite the Right, de extrema-direita, em Charlottesville, nos EUA. O atropelamento causou a morte de Heather Heyer e deixou dezenas de feridos. Heather Heyer e seu grupo marchavam no sábado para protestar contra a presença dos neonazistas na cidade quando foram atingidos por Fields Jr.

“Protestando pelo George Floyd” por Ringo H.W. Chiu. (2020)

Uma manifestante levanta o punho no ar ao lado de um veículo policial em chamas em Los Angeles, durante uma manifestação pela morte de George Floyd, assassinado pela polícia.

“Amor em tempos de COVID” por Emilio Morenatti (2020)

Mostra Agustina Cañamero, 81, abraçando e beijando o marido Pascual Pérez, 84, ambos de máscara, através de uma tela de filme plástico para evitar contrair o coronavírus em uma casa de repouso em Barcelona, Espanha. Isso aconteceu após estarem separados por 102 dias.

“Criança desesperada em Cabul” por Marcus Yam (2021)

Uma criança chora enquanto um homem carrega uma criança ensanguentada em uma estrada, proximo ao aeroporto de Cabul. O grupo Talibã assegura seu controle sobre a capital enquanto dezenas de milhares de afegãos correm para o aeroporto, esperando serem evacuados em aviões de transporte militar dos EUA.

“Natali Sevriukova próxima aos escombros” por Emilio Morenatti (2022)

Retrata Natali Sevriukova reagindo triste ao lado de seu prédio destruído após um ataque com foguete em Kiev, Ucrânia. A foto foi tirada durante as primeiras semanas da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Papa Francisco estiloso” por Midjourney (2023)

A fotografia fake gerada por ferramenta de inteligência artificial foi amplamente divulgada pela mídia, retrata o Papa Francisco usando um casaco Puffer, comum entre pessoas que gostam de hip-hop. A imagem é um marco da pós-fotografia, fotografias geradas de forma sintética.

Fontes

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